sábado, 26 de junho de 2010

A sociedade está tão focada em padrões de beleza e no dinheiro, que esquecem do melhor crescimento existente na vida de um ser humano: o intelectual.

É interessante analisar que inúmeras pessoas cursam a faculdade que está em evidência no mercado de trabalho, ou seja, a que se obtém mais dinheiro. Para eles, estudar é sinônimo de sacrifício, e pensam que com isso alcançarão um patamar mais elevado na vida, o que não é verdade. Isso sem levar em consideração as pressões sofridas pelos pais, os quais (em sua maioria) não se preocupam com o bem estar de seus filhos. Em vez disso, desejam que eles alcancem uma situação financeira excelente. Por quê? Por quê?

Bom, faço faculdade de marketing, e a situação não é diferente. Veja bem: não bato de frente com pessoas que agem desta forma. Ao contrário, prefiro observar melhor como elas se comportam para tirar conclusões mais consistentes.

Durante a aula de "Criação, Promoção e Propaganda", uma das disciplinas do curso, a professora havia passado o filme "Obrigado Por Fumar", que por sinal é excelente [creio que em breve farei um post sobre ele]. Em uma das cenas, quando Nick vai deixar seu filho Joey com sua mãe, e logo em seguida ele pede ao motorista para seguir em frente, teve um colega de sala, cujo nome não mencionarei, olhou para mim e disse (não exatamente com essas palavras): "Nossa, um dia quero ter uma vida dessas, eu mandando e os meus empregados obedecendo." Não respondi nada. Simplesmente respirei fundo, contei até dez e me concentrei no filme para não perder a paciência.

Leitor (a), concorda que esta pessoa tem uma concepção de mundo vaga demais, e acha que a vida só se resume em materialismo? Ele não poderia ter aproveitado o filme como uma forma de se espelhar no protagonista, já que o mesmo é um ótimo orador que desenvolve argumentos capazes de calar seu adversário? É perceptível que estes indivíduos não estão almejando a ampliação de sua bagagem cultural, visto que estão alheios à dura realidade.

Não estude somente acreditando que alcançará o sucesso rapidamente, e que será invejado e querido por todos. Pense no que os estudos podem te proporcionar para o seu crescimento pessoal. Procure enxergar nele a oportunidade de abrir sua mente, e ampliar seus horizontes. Afinal, de que adianta ter alto poder aquisitivo, se é pobre de espírito¹ ? Não sei pra você, mas pelo menos pra mim, isso faz uma enorme diferença.

¹ Significa ser aquele tipo de pessoa que seja pelo que tem, por causa de suas belas feições, e / ou pensa que é sábio demais, se acha melhor que os outros.

domingo, 20 de junho de 2010

A Cruz e a Espada - Paulo Ricardo & Renato Russo

Havia um tempo
Em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Tô do lado que você nunca viu

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo
Se perdeu de mim...

E agora eu ando
Correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa
O que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo
Se perdeu de mim (2x)

E agora é tarde
Acordo tarde
Do meu lado alguém que eu nem conhecia
Outra criança
Adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo
Do meu desejo
Se perdeu de mim (2x)

Esta música pertence ao primero álbum da banda RPM, e contou com a participação do saudoso Renato Russo. Nesta letra, é notável o sentimento de nostalgia do eu-lírico em relação a sentimentos considerados tolos por muita gente. Mas, cá entre nós, as sensações de insegurança, aquele "friozinho" na barriga, e a timidez moderada não são bons de serem apreciados? Ou vai me afirmar que, quando se depara com aquela pessoa, não sente isso e não fica completamente sem graça? Eu, pelo, menos, gosto de senti-los, por serem diferentes, e mais puros (quase infantis, como a música fala).

Geralmente, eles são raros de serem sentidos, e as pessoas não os valorizam corretamente. Focam-se tanto no romantismo [que na verdade é um dramatismo] e em bens materiais, que isso acabou se transformando em uma perfeita artificialidade. Ou seja, isso significa que a pureza de certos sentimentos foram banalizados, e não está sendo aflorado naturalmente no indivíduo, porque se tornou um capricho.

A beleza destes sentimentos está na simplicidade, na pureza, e, sobretudo, no altruísmo presente neles. E é lamentável a forma como as principais essências humanas estão se perdendo.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ultra-sentimentalismo: um vírus que alastra as pessoas vorazmente

Queria muito saber o porquê deste ultra-sentimentalismo. Por que causa, motivo, razão ou circunstância a mídia e as músicas da atualidade desejam impor que vivemos em um mundo "colorido, lindo, bonitinho, onde todo mundo ama todo mundo..."

Estive realizando diversas observações enquanto eu trabalhava e estudava, e pude perceber que as músicas mais antigas queriam passar uma mensagem de cunho realista, isto é, os cantores tinham preocupação em variar as temáticas de suas composições, abordando tanto a questão amorosa quanto a face mais obscura do ser humano.

As músicas sertanejas de raiz, por exemplo, não são românticas [e dramáticas] como as de hoje em dia. Na verdade, eram histórias cantadas sobre o cotidiano sofrido de um caipira, suas crenças, desejos, etc. Particularmente, não sou uma admiradora deste gênero, mas o respeito pelo fato de apresentar, ao menos, um conteúdo. O Rock Clássico, então, nem se fala. São os maiores representantes no que diz respeito nas diversificações de temas. Inúmeras pessoas não gostam, por muitas de suas letras serem muito realistas, o que eu acho uma pena, ao mesmo tempo ótimo, porque o ritmo é precioso demais para ser massificado.

Agora a realidade é outra, e não é preciso ir longe demais para fazer essa constatação. Preste atenção na conversa de boa parte das pessoas. A maioria de seus assuntos são: "nossa, você ouviu aquela nova música do Restart? Chorei ouvindo ela!"; "E o Edward do Crepúsculo? Ele é tão lindo... E a história do filme também é."; "Ouviu aquele funk novo? Muito loco, hein...". Isso sem levar em consideração o bissexualismo e o feminismo excessivo, que estão montando um verdadeiro reinado. Essa conclusão foi ainda mais reforçada quando assisti aos vídeos do Felipe Neto, me motivando ainda mais a criar este blog e escrever o que penso.

Estão em extinção as pessoas interessadas em discutir analisar tudo que envolve a vida de um indivíduo - a não ser que seja o amor -, e que desejem falar sobre um bom filme ou livro lido [não são considerados bons livros aqueles em que a história não tem fundamento, como a saga Crepúsculo]. Literalmente, não é interessante para eles refletir sobre isso, e nenhum deles querem se conscientizar. Preferem dar importânicia às novelas e reality shows fúteis, como o "Big Brother Brasil" e "A Fazenda".

Não sei se isso é uma paranoia da minha cabeça, ou se têm mais gente que pensa o mesmo que eu. Pessoas que já deveriam ter a mente mais amadurecida à medida que a idade avança, acontece o contrário. Me surpreendo com as atitudes dela, por serem, em grande parte, imaturas e inconsequentes, como as de um adolescente em fase inicial. Elas não costumam valorizar o que o outro pode lhe oferecer como aprendizado. Em vez disso, preza pela sua boa aparência e as riquezas materiais que possui. E não me conformo de forma alguma com esta situação. Ainda por cima, eles acham que sabem de absolutamente tudo, e que representam a perfeição. Afirmo isso porque eu tenho de conviver, diariamente, com isso. Aos "trancos e barrancos", a convivência vai lhe ensinando a lidar com gente desta personalidade.

E a mensagem que deixo é a seguinte: A vida não é que os veículos de comunicação e a música atual querem passar, de que tudo é lindo e maravilhoso. Quem já passou por "poucas e boas", como eu, sabem do que estou falando. Manter o equilíbrio da razão e a emoção é fundamental, para que possamos viver e aprender com seus altos e baixos, possibilitando, assim, o nosso crescimento, tanto individual como profissionalmente.