sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


Após mais de dois meses, estou aqui de volta para (digamos assim) abrir meu coração.

Por causa de problemas do cotidiano, mal tive tempo para refletir sobre alguns assuntos que considero vitais para a sobrevivência de todo e qualquer indivíduo. Há muito tempo venho alimentando uma vontade de escrever sobre ela, que é almejada por muitos, mas conquistada por poucos: a sabedoria.

Esta postagem estará dividida em três partes, sendo que cada qual constitui um pilar para o alcance da sabedoria, e desde já deixo claro que não entrarei diretamente nas questões religiosas, pois cada um possui a sua crença, e eu não tenho a menor intenção de ofender tanto os adeptos de uma religião quanto os ateus. Pretendo abordar alguns quesitos universais para se conquistar a sabedoria, sob meu ponto de vista, é claro.


1. A Importância de se estar bem consigo mesmo

Não é uma tarefa fácil; se não tiver força de vontade, fica ainda mais difícil alcançar a paz de espírito. Esse é o meu caso. Ultimamente, eu andava com um comportamento muito estranho. Tudo para mim era motivo de reclamar, fazer comentários ultra sarcásticos, e até mesmo chorar de ódio e tristeza. Mas o que me motivava a ter tamanha raiva, sendo que tudo que estava acontecendo ao meu redor não era tão grave? Isso me intriga.

Até que esses dias, conversando com minha mãe, ela me afirmou que eu estava espiritualmente vazia, pois andava reclamando muito e percebeu que eu estava com cansaço mental, que é muito pior que o físico.

Ainda bem que as férias chegaram, e dará tempo para eu cuidar tanto da minha saúde física quanto a espiritual. Mas enquanto elas não chegavam, o que eu fiz para manter uma certa tranquilidade? Não sei exatamente como a alcancei, mas chegou um momento em que decidi dar uma guinada em alguns pensamentos.

Aos poucos, e com uma certa relutância, fui percebendo o quão relevante é o otimismo, a motivação e a paciência para saber lidar com situações que parecem impossíveis de se resolver. E além disso, observei que, antes de tentar solucionar tais situações, e gostar de qualquer pessoa, é necessário se gostar e estar bem consigo mesmo. Precisei chegar a essa conclusão para tentar entender o porquê de minha carência de amigos e um (quase) namorado. Não estava me valorizando o suficiente para que as pessoas que eu gosto também gostassem de mim. Por incrível que pareça, sou uma pessoa que não faz muita questão de conversar bastante, fazer muitos colegas e amigos, e eu estava sentindo falta disto. Partindo deste ponto, eu comecei a reclamar menos, xingar menos (só quando eu "realmente sair do sério"), e ficar mais tranquila na medida do possível; e isso, é um trabalho árduo.

É meio clichê o que vou escrever a seguir, mas faz sentido: não importa se muitas pessoas à sua volta não te valorizam da forma que deveriam. Se você é daquele tipo que anda (ou já andou) sofrendo humilhações, não se desespere. Sei muito bem desses sintomas, e sei que na hora certa eles vão passar, e aparecerá uma (ou mais) pessoa que te reconheça.

Dentro de nós

Estou à procura
De uma paz diferente
Que ninguém pode me proporcionar
Algo que acalme minha mente
E que permita me tranquilizar

Eu a procuro em todos os cantos
Em todos os ramos
Em todos os lados
E não a encontro.

Acabei descobrindo
Que essa paz não é encontrada
E sim brotada.
Proveniente do fundo da alma

Para fazê-la brotar
É preciso se esforçar
Se auto-valorizar
E principalmente observar

Por mais que sua vida
Esteja mais repletas de contras
do que de prós
Apenas acredite
Que esta paz existe
Dentro de nós!

Até a próxima postagem :**

domingo, 24 de outubro de 2010

Essa postagem era pra ter sido publicada na mesma semana em que fiz aniversário, ou seja, em agosto. Por motivos de correria de trabalhos, pressões e preguiça, estou postando agora, e só Deus sabe quando voltarei a postar [espero que seja em breve]... Espero que gostem, pois fala de um dia bem reflexivo, e que dele pude aproveitar algo muito bom!

I. Sobrevivência à solidão

Lonely Day (System Of A Down)

Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life

Such a lonely day
Should be banned
It's a day that I can't stand

The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life

Such a lonely day
Shouldn't exist
It's a day that I'll never miss

Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life

And if you go
I wanna go with you
And if you die
I wanna die with you

Take your hand
And walk away

The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life

Such a lonely day
And it's mine
It's a day that I'm glad I survived

Dia Solitário

Um dia tão solitário!
E é meu
O dia mais triste da minha vida

Um dia tão solitário!
Devia ser banido
É o dia o qual não posso aguentar

O dia mais solitário da minha vida
O dia mais solitário da minha vida

Um dia tão solitário!
Não deveria existir
É um dia que nunca sentirei falta

Um dia tão solitário!
E é meu
O dia mais solitário da minha vida

E se você for
Eu quero ir com você
E se você morrer
Eu quero morrer com você

Pegar sua mão
E ir embora

O dia mais solitário da minha vida
O dia mais solitário da minha vida
O dia mais solitário da minha vida

Um dia tão solitário!
E é meu
É um dia do qual estou feliz por ter sobrevivido

Bom, não tenho muito o que dizer, porque a canção já o faz. Engraçado que completei dezenove anos há uma semana atrás, e passei o dia refletindo sobre o que fiz, o que planejei, a fase de incertezas pela qual estou passando...

Enfim, uma reflexão bem individualista, me levando a perguntar: "Quem sou eu agora?"; "Qual o sentido de eu estar aqui?"; "O que posso fazer de bom ou melhorar?"

Nessa caminhada, consegui driblar diversas situações, e ainda não sei o porquê de pairar dúvidas em minha mente. De uma certa forma, estou tentando eliminá-las, esforçando para melhorar meu jeito de ser..

Não posso afirmar exatamente que este foi "o dia mais triste da minha vida", mas muito diferente, e um tanto quanto melancólico. O que importa é que realmente este dia já passou, e o encaro como um dia que serviu para me mostrar o quanto sou forte, e que ainda tenho muito o que aprender. Portanto, foi o dia em que sobrevivi.

Se aceitarem conselhos, segue este:

A vida é algo repleto de contradições. É composta pela melancolia, alegria, enfim, sentimentos bons e ruins. Procure não enxergar este último como uma coisa assombrosa ou tenebrosa. Pode servir para te redimir e deixá-lo mais resistente, e fazer dos piores momentos "o dia em que você sobreviveu".

domingo, 1 de agosto de 2010

Carolina Fredini é uma garota que sofre de diversas pressões psicológicas, tanto na escola quanto dos pais, por ter um senso crítico apurado. Ela se esforça ao máximo para ser forte, e acima de tudo ser autêntica. Mas há momentos nos quais perde as forças, e para suprir este vazio, passou a compor poemas no estilo mal-do-século, embora sua escola literária preferida seja o realismo. Enfim, espero que gostem desta poesia abaixo, e torço muito para que ela melhore seu estado de espírito. Creio que em breve ela virá com mais composições, ao mesmo tempo que ressaltarei algumas de suas características.




Uma solidão me perpassa

Avassaladoramente

Tudo que eu faço

Não satisfaz a minha mente



Leio, converso, reflito

De nada adianta

Esse vazio atravessa minha alma

Fico desesperada para encontrar calma



É diferente [e horrível] o que sinto

Não desejo isso à ninguém

Uma mistura de ira e tristeza

Beirando à aspereza



Não sei definir a razão

Pode ser rotina

Ou o fato de sentir-se repugnante

Mas isso está tornando-se constante

Me levando a uma triste conclusão



Conclusão essa

Que não queria torná-la

Uma decisão



Decisão essa

Radical demais



FREDINI, Carolina In:

Solitarismo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010




Post de um lado, resposta a ele de outro.


Não sei se respondi a sua pergunta Ren, mas deve ser mais ou menos isso o que eu vou apresentar...


Ao terminar de ler a última postagem no blog do meu amigo Rendrick, comecei desde já a refletir sobre a última frase atribuída pelo Humberto Gessinger: "A Juventude é um cantor de Bossa Nova numa propaganda de cerveja". E as minhas conclusões foram as seguintes:

Até meados dos anos 90, a juventude mantia explícita na arte, sobretudo na música, de que eles estavam conscientes dos principais acontecimentos do mundo, retirando, assim, o rótulo de "alienados".

No entanto, a maioria dessas gerações expressavam sua inteligência de uma maneira bem excêntrica, ou seja, eles não mediam a consequências de seus atos, motivo pelo qual não eram levados à sério.


Com isso, as gerações posteriores não levaram adiante a ideia de ter uma visão crítica da realidade, o que implicou no surgimento de bandas coloridas.


Como já havia dito, até a década de 90, ainda consegue encontrar músicas com elevado grau de complexidade. A partir daí, se explica o termo "A Juventude é um cantor de Bossa Nova". E, por não ser levada com seriedade pelas diversas camadas sociais, em razão de ser fisicamente imatura, porém mentalmente desenvolvidos, vem o termo da "propaganda de cerveja", fazendo uma alusão à festas, bagunça, zona e afins.


Obs.: a conclusão acima se restringe apenas às gerações passadas.

domingo, 25 de julho de 2010



Anos 60, 70, 80 e 90: décadas inesquecíveis - musicalmente falando.

O tema deste post é estranho, e não faz sentido.

Não é de hoje que ando obserrvando algumas propagandas televisivas [e eu nem assisto televisão direito, só de tabela!]. Percebi que a maioria delas colocam como trilha sonora as músicas que ajudaram essas décadas a fazerem história.

Para verem que realmente não estou mentindo:

  • Na quinta-feira, eu estava fazendo nao sei o quê no computador, até que escutei pela TV a "New Sensation", da banda australiana INXS, no comercial do suco Ades. É a segunda vez que ouço essa música fantástica em uma propaganda. Na primeira, foi em 2002, no lançamento do novo Toyota Corolla.

  • A indústria de café "3 Corações" lançou um filme publicitário com a música "Love is in The Air", do cantor John Paul Young, e o slogan da marca é o nome da faixa traduzido para o português (O amor está no ar);

  • A operadora de celulares "Claro" já usou como trilhas sonoras de seus comerciais os sons de "A Kind Of Magic" (Queen) e "Should I Stay Or Should I Go Now" (The Clash);

  • Um comercial da Niely exibido em 2007, possui "Ordinary World" (Duran Duran), e um outro tem "Pretty Woman" (Roy Orbison) como fundo musical;

  • No mesmo ano, a Uniban exibiu uma propaganda tocando "Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto" (Legião Urbana);

  • Na virada do ano (de 2008 para 2009), o Banco Bradesco lançou um filme publicitário sobre a Amazônia, com "Bittersweet Symphony" (The Verve) de fundo. Já o Banco do Brasil, nada menos que "Amor pra Recomeçar", do Barão Vermelho.


  • Não se encaixa exatamente no assunto, mas a música que mais tocou durante a corrida presidencial de Obama foi "Pride (In The Name Of Love)", dos irlandeses do U2, de modo que fizesse jus à temática da campanha eleitoral;

E assim vai.



Isso também serve para provar que a maioria das músicas atuais não têm o menor fundamento, e que as décadas passadas são perenes.

Embora essas músicas tenham sido compostas há muito tempo, e eu não pertenço a nenhuma dessas gerações, é notável que as letras e as melodias são maravilhosas, dignas de, no mínimo, serem temas de uma propaganda.


Acredito que os publicitários só não colocam um heavy metal de fundo para não assustarem seus consumidores.



Então, se você não gosta de nenhuma dessas músicas, não sabe o que está perdendo! Tem mais: se eu optar seguir os caminhos da publicidade, já que curso marketing, serei daquelas que colocarão os clássicos nos comerciais, para deixá-los ainda mais atraentes. =D







domingo, 18 de julho de 2010

Depois de um tempo sem postar nada, achei melhor fazer um update



Após ter passado mais de uma semana matutando o que eu poderia escrever de interessante [ou desinteressante], cheguei a conclusão de que por enquanto não tenho absolutamente nada a declarar.





"Eu não tenho nada pra dizer

Também não tenho mais o que fazer

Só pra garantir esse refrão

Eu vou enfiar um palavrão (...)"



[/o resto eu não preciso completar neah ;D

Até o próximo post...

sexta-feira, 2 de julho de 2010


Dessa vez, não quero fazer nenhuma crítica, só quero ajudar essas pessoas que sofrem desse mal: a depressão.

Sim, já convivi [e estou lutando muito para me libertar completamente dela] com a depressão. Você se sente aprisionado, acorrentado em sensações horríveis, como o medo, o desejo de morte, a sentimento de desprezo por todos a sua volta, além de se sentir um completo inútil e repugnante.

Com essa correria do dia a dia e os traumas sofridos durante as fases da vida, as pessoas estão mais vulneráveis a ela, e aquelas que não possuem uma estrutura psicológica resistente, se entregam. Milhões de pessoas morrem anualmente em função disto, o que é lamentável.

Não tenho muito que dizer, mas, se apresenta estes sintomas descritos acima, coloque na sua cabeça que você não é nada disso, por mais que as pessoas insistam em te deixar com a sua auto-estima “lá embaixo”. Procure descobrir um dom, vá estudar, sair, e, acima de tudo, seja forte e não crie sua própria prisão. Comigo não foi diferente, a cada dia é uma batalha que eu travo entre a minha força de vontade e o desejo de me confinar, e não é nada fácil. Parece que tudo que vou fazer será em vão. Mas não é, não é.

Nunca compartilhei isso com ninguém, e já que criei um blog, por que não falar de um mal que deve ser erradicado, e como proceder para superá-lo? Essa idéia surgiu quando eu estava baixando músicas da banda “The Cranberries”. Ao escutar “Zombie”, eu senti que esta canção estava falando das minhas crises emocionais, embora ela seja uma crítica a Revolta da Páscoa de 1916, ocorrida na Irlanda. Mas isso não vem ao caso. O refrão fixou com tanta força na minha mente que de imediato elaborei uma poesia, uma coisa rara de acontecer porque eu sou péssima nisso. Não sei se ficou legal, mas mesmo assim o incluí nesta postagem. =D

Solitária eu caminho
É o que eu sinto
Não há ninguém para me amparar
Criei uma espécie de prisão ao meu redor
E dela queria muito me libertar

Agoniada, magoada, atordoada

Estas horríveis sensações apoderam-se de mim
É como se eu estivesse enfrentando uma tempestade interminável
Não sei por quanto tempo minha persistência será durável

O tempo passa como nunca
A cada dia bombardeada de críticas e informações
Minha cabeça está girando vertiginosamente
Mesmo assim, sigo firme e forte
Dominando a minha mente

Motivação,

Minha querida.
Não deixes que eu me entregue
A esta maldita depressão
Caso contrário
Todo meu esforço será em vão
E tudo que conquistei
Se perderá em meio a esta degeneração


sábado, 26 de junho de 2010

A sociedade está tão focada em padrões de beleza e no dinheiro, que esquecem do melhor crescimento existente na vida de um ser humano: o intelectual.

É interessante analisar que inúmeras pessoas cursam a faculdade que está em evidência no mercado de trabalho, ou seja, a que se obtém mais dinheiro. Para eles, estudar é sinônimo de sacrifício, e pensam que com isso alcançarão um patamar mais elevado na vida, o que não é verdade. Isso sem levar em consideração as pressões sofridas pelos pais, os quais (em sua maioria) não se preocupam com o bem estar de seus filhos. Em vez disso, desejam que eles alcancem uma situação financeira excelente. Por quê? Por quê?

Bom, faço faculdade de marketing, e a situação não é diferente. Veja bem: não bato de frente com pessoas que agem desta forma. Ao contrário, prefiro observar melhor como elas se comportam para tirar conclusões mais consistentes.

Durante a aula de "Criação, Promoção e Propaganda", uma das disciplinas do curso, a professora havia passado o filme "Obrigado Por Fumar", que por sinal é excelente [creio que em breve farei um post sobre ele]. Em uma das cenas, quando Nick vai deixar seu filho Joey com sua mãe, e logo em seguida ele pede ao motorista para seguir em frente, teve um colega de sala, cujo nome não mencionarei, olhou para mim e disse (não exatamente com essas palavras): "Nossa, um dia quero ter uma vida dessas, eu mandando e os meus empregados obedecendo." Não respondi nada. Simplesmente respirei fundo, contei até dez e me concentrei no filme para não perder a paciência.

Leitor (a), concorda que esta pessoa tem uma concepção de mundo vaga demais, e acha que a vida só se resume em materialismo? Ele não poderia ter aproveitado o filme como uma forma de se espelhar no protagonista, já que o mesmo é um ótimo orador que desenvolve argumentos capazes de calar seu adversário? É perceptível que estes indivíduos não estão almejando a ampliação de sua bagagem cultural, visto que estão alheios à dura realidade.

Não estude somente acreditando que alcançará o sucesso rapidamente, e que será invejado e querido por todos. Pense no que os estudos podem te proporcionar para o seu crescimento pessoal. Procure enxergar nele a oportunidade de abrir sua mente, e ampliar seus horizontes. Afinal, de que adianta ter alto poder aquisitivo, se é pobre de espírito¹ ? Não sei pra você, mas pelo menos pra mim, isso faz uma enorme diferença.

¹ Significa ser aquele tipo de pessoa que seja pelo que tem, por causa de suas belas feições, e / ou pensa que é sábio demais, se acha melhor que os outros.

domingo, 20 de junho de 2010

A Cruz e a Espada - Paulo Ricardo & Renato Russo

Havia um tempo
Em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Tô do lado que você nunca viu

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo
Se perdeu de mim...

E agora eu ando
Correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa
O que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo
Se perdeu de mim (2x)

E agora é tarde
Acordo tarde
Do meu lado alguém que eu nem conhecia
Outra criança
Adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo
Do meu desejo
Se perdeu de mim (2x)

Esta música pertence ao primero álbum da banda RPM, e contou com a participação do saudoso Renato Russo. Nesta letra, é notável o sentimento de nostalgia do eu-lírico em relação a sentimentos considerados tolos por muita gente. Mas, cá entre nós, as sensações de insegurança, aquele "friozinho" na barriga, e a timidez moderada não são bons de serem apreciados? Ou vai me afirmar que, quando se depara com aquela pessoa, não sente isso e não fica completamente sem graça? Eu, pelo, menos, gosto de senti-los, por serem diferentes, e mais puros (quase infantis, como a música fala).

Geralmente, eles são raros de serem sentidos, e as pessoas não os valorizam corretamente. Focam-se tanto no romantismo [que na verdade é um dramatismo] e em bens materiais, que isso acabou se transformando em uma perfeita artificialidade. Ou seja, isso significa que a pureza de certos sentimentos foram banalizados, e não está sendo aflorado naturalmente no indivíduo, porque se tornou um capricho.

A beleza destes sentimentos está na simplicidade, na pureza, e, sobretudo, no altruísmo presente neles. E é lamentável a forma como as principais essências humanas estão se perdendo.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ultra-sentimentalismo: um vírus que alastra as pessoas vorazmente

Queria muito saber o porquê deste ultra-sentimentalismo. Por que causa, motivo, razão ou circunstância a mídia e as músicas da atualidade desejam impor que vivemos em um mundo "colorido, lindo, bonitinho, onde todo mundo ama todo mundo..."

Estive realizando diversas observações enquanto eu trabalhava e estudava, e pude perceber que as músicas mais antigas queriam passar uma mensagem de cunho realista, isto é, os cantores tinham preocupação em variar as temáticas de suas composições, abordando tanto a questão amorosa quanto a face mais obscura do ser humano.

As músicas sertanejas de raiz, por exemplo, não são românticas [e dramáticas] como as de hoje em dia. Na verdade, eram histórias cantadas sobre o cotidiano sofrido de um caipira, suas crenças, desejos, etc. Particularmente, não sou uma admiradora deste gênero, mas o respeito pelo fato de apresentar, ao menos, um conteúdo. O Rock Clássico, então, nem se fala. São os maiores representantes no que diz respeito nas diversificações de temas. Inúmeras pessoas não gostam, por muitas de suas letras serem muito realistas, o que eu acho uma pena, ao mesmo tempo ótimo, porque o ritmo é precioso demais para ser massificado.

Agora a realidade é outra, e não é preciso ir longe demais para fazer essa constatação. Preste atenção na conversa de boa parte das pessoas. A maioria de seus assuntos são: "nossa, você ouviu aquela nova música do Restart? Chorei ouvindo ela!"; "E o Edward do Crepúsculo? Ele é tão lindo... E a história do filme também é."; "Ouviu aquele funk novo? Muito loco, hein...". Isso sem levar em consideração o bissexualismo e o feminismo excessivo, que estão montando um verdadeiro reinado. Essa conclusão foi ainda mais reforçada quando assisti aos vídeos do Felipe Neto, me motivando ainda mais a criar este blog e escrever o que penso.

Estão em extinção as pessoas interessadas em discutir analisar tudo que envolve a vida de um indivíduo - a não ser que seja o amor -, e que desejem falar sobre um bom filme ou livro lido [não são considerados bons livros aqueles em que a história não tem fundamento, como a saga Crepúsculo]. Literalmente, não é interessante para eles refletir sobre isso, e nenhum deles querem se conscientizar. Preferem dar importânicia às novelas e reality shows fúteis, como o "Big Brother Brasil" e "A Fazenda".

Não sei se isso é uma paranoia da minha cabeça, ou se têm mais gente que pensa o mesmo que eu. Pessoas que já deveriam ter a mente mais amadurecida à medida que a idade avança, acontece o contrário. Me surpreendo com as atitudes dela, por serem, em grande parte, imaturas e inconsequentes, como as de um adolescente em fase inicial. Elas não costumam valorizar o que o outro pode lhe oferecer como aprendizado. Em vez disso, preza pela sua boa aparência e as riquezas materiais que possui. E não me conformo de forma alguma com esta situação. Ainda por cima, eles acham que sabem de absolutamente tudo, e que representam a perfeição. Afirmo isso porque eu tenho de conviver, diariamente, com isso. Aos "trancos e barrancos", a convivência vai lhe ensinando a lidar com gente desta personalidade.

E a mensagem que deixo é a seguinte: A vida não é que os veículos de comunicação e a música atual querem passar, de que tudo é lindo e maravilhoso. Quem já passou por "poucas e boas", como eu, sabem do que estou falando. Manter o equilíbrio da razão e a emoção é fundamental, para que possamos viver e aprender com seus altos e baixos, possibilitando, assim, o nosso crescimento, tanto individual como profissionalmente.